sexta-feira, 17 de maio de 2019

AMEI LER em Maio - Artigo "O inusitado na prosa de José Ewerton Neto", de José Neres

NERES, José. O inusitado na prosa de José Ewerton Neto. In. : O século XX e a literatura maranhense: reflexões sobre a narrativa em prosa /  José Neres, Dino Cavalcante (organizadores). _ São Luís: EDUFMA, 2016.


Em seu estudo sobre "O inusitado na prosa de José Ewerton Neto", o professor e pesquisador, José Neres, nos conduz por algumas passagens dos livros: O Prazer de Matar, a Ânsia do Prazer, O Infinito em Minhas Mãos, O Menino que Via o Além, Ei, Você conhece Alexander Guaracy, A Morte dos Mamonas Assassinas e Outros Contos.


A introdução de elementos inusitados nessas narrativas, levam o leitor a ver o mundo por uma outra perspectiva, que nem sempre farão  sentido, no entanto, o autor cria um universo paralelo, onde não existe impossível imaginativo e então tudo faz sentido.

A obra desse grande prosador oferece temáticas, como: humor, morte, tempo, infância, inusitado, mazelas e críticas sociais. Em que as situações (re)criadas fogem do convencional e se torna algo incomum, precioso e raro.

Por Jaqueline Morais

sexta-feira, 10 de maio de 2019

AMEI LER em Maio - "O menino que via o além" de José Ewerton Neto

NETO, José Ewerton. O menino que via o além. São Paulo: Escrituras Editora, 2003.

“Somos feitos de água e tempo. O tempo a gente não pode repor, mas a água sim.” 
(José Ewerton Neto)


A inesgotável fonte de reflexão que é a literatura, nas mãos habilidosas do escritor maranhense José Ewerton Neto deságua em uma belíssima novela infanto-juvenil que investiga com lirismo e um profundo senso filosófico toda a matéria da qual é feito o ser humano e sua busca vazante em uma jornada pelo sentido da vida.

Em "O menino que via o além" (2003), Mariano é um homem adulto que após um breve encontro com um garoto de olhar luminoso e postura plena entra em estado de ruptura com a rotina para ingressar numa travessia para dentro de si mesmo, em busca do menino que já fora e das certezas que um sonho de infância um dia lhe afluíram à mente. 

A capacidade infantil de produzir sabedoria sobre o tempo, a memória e a vida, que a existência adulta abandona sem pudor, estimula Mariano à retomada de quem já fora e agora notava ruir, sob a repentina percepção angustiante de que o tempo do mundo estava se esgotando e ele precisava avisar a todos sobre um fim próximo.



Em busca da decisão correta a tomar, o homem empreende uma viagem não programada para o sul atrás do garoto, pois só aquela criança em especial, que dias atrás compartilhara com ele o conhecimento acerca dos mistérios da existência poderia lhe aconselhar sobre o que fazer e quem melhor ser pelo desconhecido tempo que lhes restava.

Com uma narrativa sensível que encadeia os acontecimentos com a chegada de personagens que se conectam e contribuem delicadamente para o crescimento do protagonista em sua jornada por respostas, Ewerton Neto produz uma bela reflexão sobre nossas percepções de tempo e relações estabelecidas com essa entidade inexorável ao longo da vida.

Por Talita Guimarães

sexta-feira, 3 de maio de 2019

AMEI LER em Maio - "O ofício de matar suicidas" com José Ewerton Neto


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José Ewerton Neto é um dos grandes prosadores maranhenses de nossa atualidade. Ele possui uma criação literária que mescla textos muito bem estruturados com uma articulação sensata de ideias, o que torna seu trabalho excelente.
Notamos que a cada geração encontramos escritores que se destacam pelo modo como consegue trabalhar um enredo com cenas bem descritas e demonstrar a natureza humana por meio de seus personagens. É deste modo que José Ewerton Neto constrói seu livro "O ofício de matar suicidas", cujo enredo conta a história de um homem que coloca um anúncio no jornal com o objetivo de ajudar suicidas que não possuem coragem de cometer este ato. 
A cada capítulo o narrador-personagem mostra cada cliente para qual trabalhou e a cada um demonstra a real natureza do homem que, muita das vezes, se preocupa mais com seu próprio ego e com o imediatismo de um mundo globalizado e capitalista, embora muitos de seus clientes não possuam motivo concreto e aparente para o suicídio. 

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Disponível na Livraria AMEI,
no São Luís Shopping

O suspense do livro nos prende por sua leitura boa e fluida que nos permite discutir sobre as diversas concepções acerca do eu interior de seus personagens que vivem em uma sociedade marcada pela ganância. Assim, de história a história e por meio de um suspense muito bem trabalhado, o autor nos leva a querer saber mais o final do livro.




por Ricardo Miranda Filho